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domingo, 26 de julho de 2009

SOMEDAY

SOMEDAY

ALGUM DIA (A MATEMÁTICA DA VIDA)



Não sei o que acontece comigo

Ouvi aquela música que adorávamos

E senti, mesmo por algum dia, saudades daqueles tempos

Mesmo após todo o sofrimento que tive com nossa separação

Tristemente voltei a te amar



A música assistida

Baseada na doutrina maravilhosa que nos uniu

Amor mesmo entre espíritos

Parece que essa música

Ja previa o fim de nosso começo

Pois a morte é o fim, mesmo que de apenas um ciclo

Ciclo que não termina pra mim



Pois houve um momento que você morreu

E em outro, reencarnou

E quando estou nesses dias, onde tudo é cinza e triste

Me lembro que você existe,

Do outro lado do mundo

Onde nós dois, nos dividimos em quatro



Sei da sua culpa,

e da minha

Não te condeno

Não quero que me condenes

Como Ele mesmo disse "Não julgueis para não serdes julgado"



Fiz o meu melhor e exigi de ti o mesmo

Não foi o suficiente, por auto crítica sei disso

Você deu de si o que podia e eu não reconheci

Teu esforço em nos manter unidos



Você se foi

Eu fugi

Solidão me acompanha desde então

Solidão essa que me acompanha mesmo quando acompanhado

Aquela que você conheceu e não entendeu, tudo bem

Também não soube respeitar teu eu



Agora sofrem aqueles que foram resultados de nossa soma e divisão

Sofremos nós, pois a partir do momento

Que deixamos de sermos humanos

Para sermos Mãe e Pai

Na matemática da vida,

Nos dividimos em hemisférios

Tu no oriente, eu no ocidente

Sofremos dobrado por eles



Gostaria de saber o que sentes

O que pensa quando se lembras

Se tens raiva ou amor

Saudades ou rancor

Enfim, se em algum dia,

Destes cinco anos que se passou

Lembraste de mim com carinho

Não com dó ou arrependimento

Pois disto não preciso, sabes bem disso



Talvez algum dia, como dizia a música

Você leia essas linhas

Que falam mais que minhas palavras

Faladas ou digitadas

De ontem e de hoje

Que registram meu momento

Este que dedico

A desabafar meu pensamento

Talvez compartilhe deste sentimento

Que um dia nos uniu



Sergio Eduardo D’Angio

Julho de 2009

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