SOMEDAY
ALGUM DIA (A MATEMÁTICA DA VIDA)
Não sei o que acontece comigo
Ouvi aquela música que adorávamos
E senti, mesmo por algum dia, saudades daqueles tempos
Mesmo após todo o sofrimento que tive com nossa separação
Tristemente voltei a te amar
A música assistida
Baseada na doutrina maravilhosa que nos uniu
Amor mesmo entre espíritos
Parece que essa música
Ja previa o fim de nosso começo
Pois a morte é o fim, mesmo que de apenas um ciclo
Ciclo que não termina pra mim
Pois houve um momento que você morreu
E em outro, reencarnou
E quando estou nesses dias, onde tudo é cinza e triste
Me lembro que você existe,
Do outro lado do mundo
Onde nós dois, nos dividimos em quatro
Sei da sua culpa,
e da minha
Não te condeno
Não quero que me condenes
Como Ele mesmo disse "Não julgueis para não serdes julgado"
Fiz o meu melhor e exigi de ti o mesmo
Não foi o suficiente, por auto crítica sei disso
Você deu de si o que podia e eu não reconheci
Teu esforço em nos manter unidos
Você se foi
Eu fugi
Solidão me acompanha desde então
Solidão essa que me acompanha mesmo quando acompanhado
Aquela que você conheceu e não entendeu, tudo bem
Também não soube respeitar teu eu
Agora sofrem aqueles que foram resultados de nossa soma e divisão
Sofremos nós, pois a partir do momento
Que deixamos de sermos humanos
Para sermos Mãe e Pai
Na matemática da vida,
Nos dividimos em hemisférios
Tu no oriente, eu no ocidente
Sofremos dobrado por eles
Gostaria de saber o que sentes
O que pensa quando se lembras
Se tens raiva ou amor
Saudades ou rancor
Enfim, se em algum dia,
Destes cinco anos que se passou
Lembraste de mim com carinho
Não com dó ou arrependimento
Pois disto não preciso, sabes bem disso
Talvez algum dia, como dizia a música
Você leia essas linhas
Que falam mais que minhas palavras
Faladas ou digitadas
De ontem e de hoje
Que registram meu momento
Este que dedico
A desabafar meu pensamento
Talvez compartilhe deste sentimento
Que um dia nos uniu
Sergio Eduardo D’Angio
Julho de 2009
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